No geral, quando Colombo descobriu as terras americanas com o objetivo de ir para as Índias em 1492, ele deu a Espanha uma imensa oportunidade para exploração de terras e riquezas do então chamado novo mundo. Isso atraiu a atenção de outros países como Portugal, França e Inglaterra.
O intuito de todos eles era obter riquezas locais, comercializa-las e até manufatura-las na europa. Entre os produtos destacam-se o ouro, prata, pau-Brasil, alguns produtos agrícolas como milho e mandioca e também, o comércio de pessoas como o caso dos africanos escravizados cruelmente por centenas de anos especialmente por portugueses.
Isso gerou um comércio extremamente movimentado por séculos por todo o Atlântico e todo ele tem um resultado cruel. O termo veias abertas da América Latina comentado no ultimo vídeo, faz alusão ao livro homônimo do Uruguaio Eduardo Galeano. O objetivo do termo é tratar do retrato de dominação americana em especial de povos indígenas, colonos e escravos, todos esses resultando em sangue e morte. Algo que não foi estacando e sequer resolvido, tornando as veias ainda abertas para os casos mais recentes como a dominação Yanke nos países latinos. O livro de Galeano chegou a ser proibido por anos em alguns países que viviam sob o regime militar, justamente por criticar países imperialistas como Estados Unidos que financiariam esses regimes.
Por isso, é importante lembrar que o comércio americano na idade moderna não foi nem um pouco isento de crueldades. Desde genocídios indígenas em especial nas mãos de Cortes com os Astecas e Pizarro com os incas até as colônias de povoamento inglesas tinham seus episódios controversos.
Isso fez com que o comércio marítimo virasse um palco de disputas de terras e guerras indiretas de todas essas nações e também abriu espaço para ação de criminosos, seja de piratas sem bandeiras ou corsários que faziam o mesmo, mas sob a bandeira de algum país. Como o caso de Francis Drake, o personagem de nossa história, que apesar de ser chamado de pirata, era um corsário da rainha Elizabeth I da Inglaterra.
A pirataria marítima não é um problema esquecido na idade moderna, ela segue até hoje. Nem mesmo os episódios controversos de exploração são coisas do passado. Todas elas como uma fotografia da exploração de países sofridas em nome de um mercantilismo capitalista que gera desigualdade e má distribuição de renda. A pirataria marítima é um efeito colateral desastroso dentre outros efeitos que possuem por trás uma exploração desenfreada e uma mentalidade baseada em ter e nao ser.
Casos polêmicos como a exploração de pedras e minérios na Africa até aqui no Brasil onde exportamos muita soja para produção de ração no exterior enquanto nossa população não tem o que comer é um cenário de quanto as veias estão cada vez mais se abrindo.
Apesar dos contos de piratas de Hollywood serem contados até a hoje de forma romantizada, é bom lembrarmos que na verdade, estamos falando de episódios de ganancia e uma mentalidade de acumular riquezas que gerou e gera muita morte dentro e fora do mar.
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