Hoje vamos falar da vida de Prisciliano de Ávila (conhecido como o bispo de Ávila) um herege morto pela Igreja por conta de suas práticas que levaram a doutrina do Priscilianismo. Há uma teoria que aponta que ele estaria enterrado no lugar de São Tiago Maior em Compostela. Será verdade? Vamos entender melhor essa história! Assista:
Em 1900 o hagiógrafo Louis Duchesne publicou um artigo "Saint Jacques em Galice, na revista de Tolosa Annales du Midi" no qual sugere que em Compostela está enterrado Prisciliano… nesse trabalho ele meio que ele fez um paralelo das viagens dos dicipulso de Santiago e de Prisciliano. No geral, ambos foram decapitados e ambos foram trasladados
Posteriormente Sánchez-Albornoz e Unamuno difundiram esta hipótese alternativa à tradição cristã, que se tornou popular. Esse texto é uma espécie de releitura da Bula Bula Deus Omnipotens de Leão XIII, que falamos no vídeo sobre “Santiago está mesmo enterrado em Compostela?”
Importante dizer que este texto faz parte de uma teoria anti-jacobeia, que utilizam-se da falta de documentos para tentar obter outras possiveis soluções para o mito de Sao Tiago maior na Espanha, tanto para o período de pregações quando o apóstolo estava vivo quanto as ossadas e os ritos e peregrinações até a cidade de Compostela. Essas teorias tentam abstrair-se da presença de Santiago e tentam explicar todo o mito de Santiago.
Bom, estamos no século IV. Para localizem um pouco, no século I, Jesus foi morto e crucificado e por séculos, os cristão continuaram sendo perseguidos. Haja visto o próprio Sao Tiago maior que foi decapitado. Somente por volta de 313, com a subida de Constantino ao poder, ou seja, já no século IV que é o período de nossa conversa, que os cristãos começam a para de ser perseguidos. Até então eles realizavam seus ritos secretamente em catacumbas, como as de Sao Calixto e Capadócia.
Mas como estava a cabeça das outras pessoas não-cristas? Lembrem-se que o cristianismo era proibido até então, e muitas regiões sob o domínio ou não do império Roma, eram pagãs. Então traços da religião romana e também da cultura celta eram comumente encontrados na Espanha, sobretudo na Galicia.
Mas a Igreja católica-cristã, aceita após Constantino, não se torna a Igreja de Pedro pescador e pobre, mas a realidade dos reis. Constantino era um imperador convertido, mas sobretudo um imperador. Com o Concílio de Nicéia, alguns anos (em 325) foram determinas as principais regras e dogmas. Qualquer coisa que fugisse dessa coleção de regras, seria considerado herege.
E nesse cenário de reforma na Igreja, do império Romano forte na Europa, nasce Prisciliano em 340 e muito provavelmente nascido pagão.
Confira no vídeo acima mais detalhes dessa história.
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