Autumn (direita) ao lado da Liga da Justiça (Montagem) |
Não era a toa que com o fracasso do filme de 2017, os planos do DC Universe também foram por água abaixo. Há quem diga que o círculo íntimo de Zack Snyder fez com que ele não assistisse ao corte de Whedon para não se decepcionar.
O corte de Snyder de 2021, tão pedido pelos fãs, é o filme da vida do diretor. O peso do processo se deu pela morte de sua filha Autumn, meses antes das gravações iniciarem. Isso fizeram com que o diretor caísse de cabeça no processo. Porém a teoria aponta que as escolhas dele para o filme entraram em conflito com os executivos, sendo convidado a se retirar do processo. Para os "autos", Zack pedira para sair dado o impacto da perda de Autumn.Ocorre que Snyder não trabalhou isoladamente em JLA, ele havia iniciado "seu próprio DCU" em 2013 com Man of Steel e o construído de maneira particular desde então. A tragédia com sua filha oi o estopim para ele se dedicar de corpo e alma para o projeto e mesmo com altos e baixos, essa versão de DCU tem méritos dele e, mesmo não sendo tão impecável quanto o MCU, se tornou algo especial para os fãs.
O filme nas mãos de um outro diretor (no caso Joss Whedon) era o fim de um projeto de anos e, como esperado, o corte de 2017 decepcionou a todo mundo.
A coisa para Whedon já estava ruim, mas p*** que pariu - Antes do anúncio oficial do corte, a coisa piorou: Ray Fisher, ator que interpreta o Ciborgue, veio a publico falar dos assédios morais sofridos pelo diretor Joss Wheadon e até de situações de racismo entre alguns membros da equipe e dos executivos da Warner (fonte). Ray conta, por exemplo, que Whedon não tinha domínio do produto e que confundia o nome da personagem Diana (Mulher-Maravilha) com Natasha (Viúva Negra), relata abusos e até um problema de logística com os roteiros. Antes mesmo de dirigir Liga da Justiça e o primeiro Vingadores, Whedon ficou famoso pelo seriado Buffy: A caça Vampiros e o derivado Angel e, foram dessas séries que diversos profissionais aproveitaram a onda e relataram comportamentos abusivos do diretor (fonte).
Em suma, mesmo a Warner considerando o filme de 2017 da Liga da Justiça como canônico, os fãs poderão não pensar o mesmo. Isso porque além de um filme medíocre e muito inferior ao que foi pensado por Snyder, era um filme maldito, com casos de racismo, assédio, conflitos que derivam de um comportamento tóxico exercido pelo diretor há anos. Ninguém quer consumir um produto desses.
A versão limpa, definitiva e superior - E chegamos em 2021, onde o diretor Snyder teve a chance de compartilhar a visão de um produto construído de maneira muito diferente ao de 2017.
Os heróis de Snyder são divinos e nas 4 horas de duração do filme cada um é retratado de forma calma e espetacular. Ciborgue de Ray Fisher finalmente tem a relevância para a trama - ele abriga a caixa materna em seu corpo, um dos objetos-chave da história - Darkseid enfim é mostrado desafiador, temos o vislumbre ou melhores cenas de outros heróis, vilões e personagens inéditos da DC, temos uma história mais coesa, temos erros corrigidos da versão de 2017 e por fim temos o Flash - aquele de Flashpoint - que não se limita a alívio cômico. Todos os heróis são relevantes e fundamentais para a trama e para a luta final.
Isso não quer dizer que o filme não tenha problemas técnicos: as longas 4 horas poderiam ser condensadas em 3, alguns efeitos especiais parecem estranhos ainda e o formato 4:3 é questionável.
Mas por Autumn! Finalmente temos o filme definitivo da Liga da Justiça tão nobre quanto os próprios heróis. Agora será que podemos ter a parte 2?
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