George Clooney como Augustine - Fonte: Netflix |
O Céu da Meia-Noite acompanha Augustine (George Clooney), um solitário cientista no Ártico que tenta impedir que Sully (Felicity Jones) e seus colegas astronautas voltem para casa em meio a uma misteriosa catástrofe mundial.
Com essa premissa, apertamos o play no Netflix para assistir ao filme que pode trazer um possível oscar para George Clooney. A questão que fica é: "O Céu da Meia-Noite" é um filme bom?
A resposta é: depende.
Pela sinopse no início do texto, é possível perceber que temos praticamente dois núcleos (ou filmes) diferentes, ambos dirigidos por Clooney, mas somente um deles interpretados por ele.
Enquanto temos um Augustine numa região gelada, correndo contra o tempo (em vários aspectos) para mandar uma mensagem aos astronautas, no outro temos um filme de viagem espacial igual a todos os outros (coloque na conta meteoros, problemas no radar, passeio fora da nave, coisas de Gravidade, coisas de Interstelar e coisas de 2001... essas coisas).
Particularmente gostaria de ver um corte do filme apenas com a parte de Clooney. Rabugento e quieto, totalmente diferente do que costumávamos ver dele, entrega um personagem que em uma simples guerra de ervilha, consegue ser mais interessante que todas as temporadas de ER: Plantão Médico.
Felicity Jone e David Oyelowo - Fonte: Netflix |
O núcleo de Jones não é de todo ruim e nem mesmo chato, mas quebra o ritmo de um filme impecável, tornando todo o material ok. Talvez haja uma fragilidade no roteiro em trazer mais força aos papeis de ótimos atores como Kyle Chandler ou de David Oyelowo ou mesmo um problema de corte ou direção em se atrapalhar na relevância da ação.
A ótima sequencia das cenas de Maya (Tiffany Boone) caminhando no espaço devia ter tido um peso emocional muito maior. A relação familiar de Mitchell (Chandler) poderiam ter sido melhor exploradas. Mas o filme se limitou a apresentar e desafiar os personagens de forma rasa.
Algumas decisões importantes no final - exceto a de Augustine - parecem mecânicas e sem consequências. Mas tem! É um filme que não chega lá, mas é redondo. No final, tudo depende do que você quer escolher para se envolver e se emocionar. Se for com Clooney, ok, é um bom filme.
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