A cidade que foi o foco principal da COVID-19 permanece sendo um exemplo de como o mundo irá se comportar nas próximas semanas. O resultado foi favorável e esperançoso por enquanto e a China reduziu o número de novos casos. Logo ao lado, na Coréia do Sul, o país tem conseguido diminuir as novas contaminações. O segredo? Isolamento. Mas por quanto tempo, esse afastamento social é necessário?
Na última semana países como Itália e Irã acabaram sendo obrigadas a fazer o mesmo e nessa semana, a França, Alemanha, Espanha e Portugal obrigaram a quarentena para toda a população.
No Brasil a coisa ainda parece estar fraca. Ações dessa magnitude estão sendo chamadas pelo presidente da república, sua claque e seus apoiadores como "exagero". Após um carnaval efusivo que durou semanas, alguns brasileiros não perceberam que o Corona Vírus espalha mais do que purpurina. O Brasil tem com o que se preocupar: o nosso sistema de saúde não consegue atender a demanda que a Itália e a China enfrentaram.
Exemplo disso é a falta de testes para toda a população onde só serão testados os casos graves. O pior contudo, é que faltará leitos para atender a demanda de casos graves. Até mesmo os médicos cubanos estão voltando para o país depois do despejo no início de 2019.
Com isso, a economia sofre e a indústria do entretenimento - juntamente com os setores de consumo e viagens - é uma das mais impactadas.
Inicialmente os filmes e séries foram adiados no Brasil e no mundo. Isso incluiu produções que estão em fases iniciais e aquelas que estavam prontas para serem lançadas. Isso porque a filmagem exige a proximidade dos atores, produção, técnicos e afins para que o produto seja feito e consequentemente, uma população inteira indo aos cinemas que, por conta da quarentena, não conseguirá se aglomerar em um ambiente fechado para assistir aos filmes - ainda bem.
Considerando a China como descrevemos no início do texto, que também é o maior mercado consumidor, com certeza o "zum zum zum" é relevante o suficiente para tudo ser cancelado: risco e perda financeira.
E isso chama outra situação - Com a população dentro de casa, a produção e o consumo cai. Haja visto as bolsas de valores como estão se comportando onde, apesar das injeções diárias, nem o mercado especulativo consegue se sustentar e o ciclo macroeconômico também para de girar.
Isso significa que muitas pessoas não estarão trabalhando e tantas outras, sobretudo informais, não estarão ganhando dinheiro. Dentro de casa, o telespectador terá que assistir a reprises, colocar em dia séries antigas, livros, jogos e sequer assistirá a jogos pois os principais campeonatos estão paralisados. Até as olimpíadas estão em risco. Todo mundo tendo que parar.
Outro ponto, home-office é privilégio para poucos. Horistas, motoristas, entregadores, taxistas, vendedores ambulantes e demais pessoas que fazem parte da economia informal ficarão paradas. E a economia mundial poderá entrar em colapso.
Isso pode afetar outras indústrias como a dos videogames: montadoras terão voltado a funcionar até lá? A população que sofre com a falta de papel higiênico nas prateleiras dos mercados vai comprar o novo PS5? Tudo depende de quanto tempo a crise durar...
Como a humanidade vai se comportar daqui alguns meses? Não se sabe. É algo muito novo e alguns dizem que tudo é uma tremenda histeria e fantasia. Com uma taxa de mortalidade de 2% e uma capacidade alta de contágio, uma pandemia dessa magnitude poderá matar milhões de pessoas no mundo todo. Não me parece nada fantasioso.
Gostaria de dizer que é melhor ficarmos um ano sem Vingadores ou mesmo dois sem o novo Xbox Series X, mas a economia também morde os pés descobertos e bens mais básicos do que entretenimento poderão faltar. Devemos aprender a racionar produtos de limpeza e consumo desde já de forma consciente enquanto revemos aos filmes do MCU em DVD enquanto Viuva Negra é cancelada nas telas grandes (fonte). Por enquanto, ficamos dentro de casa, pois é o menos pior, por enquanto.
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