Antes da nossa resenha, convido-os a lerem abaixo um roteiro escrito em estética teatral de uma cena de Jane a Virgem:
...
(Cena
no ônibus. Jane se levanta para dar lugar a duas freiras senhoras que se
aproxima. Passa mal e desmaia)
– (Nesta hora o NARRADOR pode dizer, por exemplo, que tinha avisado não
ser uma boa ideia Jane se levantar).
(Corte
de cena. Hospital. Jane deitada em uma maca, ao seu lado a mãe preocupada.
Entra o médico sorridente)
– (Nesta hora o NARRADOR poderá dizer que trazendo uma noticia que Jane
não espera, ou ainda que mudará sua vida).
MÉDICO – Náuseas e desmaios resolvido. Você
esta grávida.
(Jane
e sua Mãe dão gargalhadas)
JANE – É...
MÃE – Me desculpe, mas ela não esta. (Sarcástica contendo as risadas)
JANE – Não estou grávida.
MÉDICO – (Duvidando) Fizemos exame de
urina.– (Em cena congelada o NARRADOR
poderia advertir o médico que isso não é uma boa ideia).
(descongela
a cena – Mãe direta)
MÃE – Vá por mim, esta errado.
MÉDICO – (Confiante no trabalho que fez) Falsos negativos são frequentes,
mas positivos são raros.
MÃE – (Confirmando
desconfiada a história com Jane) Jane, você e o Michel...
– (o NARRADOR poderá nesta hora repetir as palavras da mãe dando ênfase
a desconfiança)
JANE – (Assustada
com a falta de confiança) Não fizemos, não. (Para o médico) Pode ser raro, mas aconteceu, porque sou virgem.
– (o NARRADOR neste momento pode confirmar esta afirmação, por que Jane
realmente é virgem).
MÉDICO – (desconcertado) É melhor conversarmos em particular.
JANE – (irritando-se)
Não. Não precisamos disso.
MÉDICO – (direto como quem quer comprar uma briga e briga é o que estas duas
mulheres estão loucas para ganhar, diria o NARRADOR) Acho que sim.
MÃE – (perdendo
o controle em defesa da filha) Você se formou onde, Universidade do
Imbecil? Minha filha disse que é uma virgem, então faça outro maldito teste.
(Corta
cena. Médico segura uma vareta de teste
em seguida a mergulha na amostra para exame)
MÉDICO – (Diz como se já soubesse do resultado) Rosa significa grávida.
(Retira
com um sorriso e olhar de vitorioso – O resultado da positivo e todos olham
para Jane)
– ( até menos o NARRADOR que poderá neste momento relatar o quanto esta
confuso e se sentindo traído pelo título dá série)
JANE – (assustada)
Mas eu nunca fiz sexo!
MÃE – (de
frente para um milagre) Você é Imaculada!
JANE – (desconcertada)
O que? Não, mãe!
– ( o NARRADOR poderá contar tudo o que vem pela frente depois deste
inicio de confusão)
Com a devida liberdade poética, descrevi
acima a melhor forma, que achei, para falar desta série que comecei a seguir no
NETFLIX. Jane a Virgem é uma novela americana aos moldes mexicano que cativa
com seus exageros de hiper-interpretações
e reviravoltas de histórias.
O diferencial da série fica por conta do
narrador de forte presença que age verbalizando nossos pensamentos e muitas das
vezes questionando as atitudes tomadas pelas personagens. Temos também, como
ponto marcante, a escolha pela direção, de uma estética visual exagerada e por
muitas vezes falsa, o que torna tudo muito mais crível quando nos permitimos embarcar
neste universo.
Ainda terei muito que assistir para poder
falar com propriedade o que achei de Jane a Virgem, mas já adianto que estou
torcendo por algumas histórias e personagens. A série atualmente esta em sua
quinta temporada, cada uma com uma média de 20 capítulos de quase 60 min. Por
esta razão, quem quiser seguir, reserve um bom tempo, pois lhes digo, um capitulo
sempre puxa o outro.
Título
|
Jane the Virgen – Primeira Temporada
|
Ano produção
|
2014
|
Direção e Roteiro
|
Dir. Peterson Adriano
Rot. Carolina Rivera e Jennie Snyder
|
Estreia
|
13 de outubro de 2014
|
Duração
|
946 min
|
Classificação
|
12 - Não recomendado para
menores de 12 anos
|
Gênero
|
Comédia
|
Países de Origem
|
EUA
|
0 comentários:
Postar um comentário