Far Cry sempre foi uma franquia interessante por diversos motivos: Storytelling bem conduzido, jogabilidade fluida e versátil, gráficos excelentes e muitas coisa para fazer.
Assim como seus antecessores, Far Cry 5 promete a mesma imersão, porém aborda uma questão polêmica.
Durante a BGS 2017, a Ubisoft trouxe Far Cry 5 para os gamers poderem testar (tanto em seu estande, quanto no estande do Playstation). No estande da Ubisoft, as televisões e os videogames foram posicionados dentro de uma capela. Em suas paredes estava escrito em pontos diferentes, os sete pecados capitais e, os jogadores se sentavam em bancos de igreja para jogarem. Meu televisor ficava no ultimo banco, em uma área onde não podia me sentar: precisava me ajoelhar (Nota: me sentei no chão, pois tinha um dia longo de BGS - mas entendi o recado Ubisoft rs)
O jogo promete ser em cima do vilão, sai Vaas (FC3) e Pagan Min (FC4), entra Joseph Seed, um líder religioso que evidencia um enredo pensado inicialmente para o contexto norte-americano: o conservadorismo, o fanatismo e o autoritarismo. À frente da capela, era possível ver um banner de Joseph e seus seguidores em uma cena que remetia lembrava a última ceia - a mesma da capa do jogo.
A aposta certa da Ubisoft está em se apropriar da onda do conservadorismo liberal não laico - que tem assustado não somente a Esquerda, mas toda uma classe de artistasm criadores de conteúdo e jornalistas - e coloca em discussão esse assunto importante.
Enquanto os Estados Unidos de Trump é governado sob controvérsias, outros países têm uma forte onda remando na mesma direção e Far Cry 5, inicialmente se propõe a questionar todos esses elementos.
Localizado no estado de Montana, o game conta com um visual orgânico e vivo, gostoso de explorar e cheio de possibilidades. Ao contrário dos cenários exóticos e paradisíacos dos outros games, o objetivo de FC5 é causar estranheza em um ambiente considerado comum.
O game tem condições de ultrapassar mais uma vez a linha que divide games de arte, nos fazendo repensar sobre as formas que o mundo real pode ser traduzido em um ambiente virtual caótico. E mesmo que ele não cumpra esse papel, pelo menos parece estar bem divertido.
Far Cry 5 chega em fevereiro de 2018 para PS4, Xbox One de PC.
Fernando Jácomo é estudante de História, formado em Análise de Sistemas com especialização em Gestão de Negócios, acredita que o mundo precisa aprender a conviver em paz com várias ideologias e religiões. Também tem um sonho utópico onde os tiros e as guerras ficarão apenas no videogame.
Assista mais sobre a BGS:
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